December 15, 2013

Um sonho.


Estou perdida em uma tempestade de neve.

A neve cai, e eu caminho cambaleando, 
os pés afundando em camadas daquela brancura infinita.
Grito por socorro, mas minha voz se perde em meio àquela imensidão branca.
E então faz-se silêncio.

Caio e fico ofegando na neve,
Com o lamento do vento soando em meus ouvidos.

Agora sou um fantasma, penso eu. Um fantasma sem pegadas.
Volto a gritar, com a esperança sumindo como a marca dos meus passos.

Minhas dores escapam de feridas invisíveis
E voltam como neve caindo.

A neve, esta congela meu espírito
Aprisionando-o naquele lugar onde no fundo eu sei que minha vida terminará,
E o que restar de mim irá se perder naquela brancura infinita.

Então desejo morrer
Ali mesmo, nos pálidos braços da neve,
E tornar-me uma sombra,
Um espírito sem nome...

...E sem lembranças.

Então avisto ao longe, se aproximando de mim, um vulto.
Algo que eu não sei ao certo se é real.

A estranha forma se materializa em minha frente,
E estende sua mão em minha direção.
Vejo profundas feridas cortando sua palma e o sangue escorrendo,
tingindo a neve.

Seguro sua mão.

De repente, a neve desaparece.

by Vane







November 3, 2013

October 14, 2013

Inspiração: Vincent Marcone


 Hoje compartilharei aqui um pouco do inspirador trabalho de um dos meus ilustradores favoritos, Vincent Marcone.
 Vincent Marcone é um web designer, ilustrador, cineasta e músico. Seu trabalho tornou-se mais conhecido quando começou a divulgá-lo em seu site, "My Pet Skeleton". Além de ilustrações , Marcone expressa sua arte em alguns longa-metragens e video-clipes que dirige, sendo alguns do próprio material de sua banda, o Johnny Hollow. E sua longa-metragem mais conhecida é "The Facts in the Case of Mr Hollow", aqui está o link para quem quiser assistir: http://www.youtube.com/watch?v=bzw8qdXCep8
 Marcone possui um estilo artístico bastante peculiar; em algumas ilustrações que selecionei para postar aqui, percebe-se seu que sua arte é tão bela quanto sombria. Creio que a maioria delas remetem ao subconsciente humano, a fragmentos de sonhos.






September 26, 2013

Desolação.


Lá estava eu, caminhando só,
pelas ruínas onde outrora vivia.
Nada mais me restara naquele lugar,
além de distantes lembranças
de tudo o que vivi,
a mancha de sua memória;
o veneno do amor,
 percorria minhas veias, a consumi-las.
Pois o amor, é o veneno da vida.
Ele seria minha salvação, e meu fim.
Sabia que lá mesmo,
como um sacrifício em seu nome,
eu morreria.

Seria esse meu destino?..
Viver eternamente em meio a essa desolação 
à qual a vida me aprisionara?

Caminhava sob os restos
de tudo que outrora já amei.
Todo o amor que havia em mim,
já não existia mais, era apenas uma vaga memória,
uma sombra aprisionada naquele lugar;
Aqui reencontrei-o, a doença,
O grande mártir de minha alma.

Aqui reencontrei o que restava de minha vida,
de meu espírito agora inconsolável.

Aqui jaz o néctar do espírito
No qual queria saciar minha sede, afogar a tristeza
E esquecer minhas gélidas lembranças
Que estão a entorpecer e consumir meu interior,
e me matando lentamente, dia após dia.

Já não sabia se ainda tinha uma alma,
Ou se esta também se perdera em meio à desolação;
Queria apenas reencontrá-la,
mas já não sabia se meus olhos, 
cegos de ilusões e marejados de lágrimas,
seriam capazes de ver novamente a vida
da mesma maneira que outrora viam.

Minha alma talvez descansa num lugar silencioso e frio, 
à espera de ser encontrada.

by Vane



September 25, 2013

Brandon Lee




"What would there be as the river of sadness turns into sea
Could there be another thousand stories like you and me
Wanted a heart, wanted a soul, 
more than anything else in this world
But we are doomed our flesh in wounds, 
I would never give in

Just like the moon does
We rise'n'shine'n'fall
Over you that I rise'n'shine'n'crawl
Victims aren't we all..."


The 69 Eyes - Brandon Lee ♫ ♪





August 29, 2013

Mistério - Florbela Espanca

Mistério

Gosto de ti, ó chuva, nos beirados,
Dizendo coisas que ninguém entende!
Da tua cantilena se desprende
Um sonho de magia e de pecados.

Dos teus pálidos dedos delicados
Uma alada canção palpita e ascende,
Frases que a nossa boca não aprende,
Murmúrios por caminhos desolados.

Pelo meu rosto branco, sempre frio,
Fazes passar o lúgubre arrepio
Das sensações estranhas, dolorosas…

Talvez um dia entenda o teu mistério…
Quando, inerte, na paz do cemitério,
O meu corpo matar a fome às rosas!

Florbela Espanca

Imagem de black and white, gif, and rain




August 17, 2013

Os Degraus - Mario Quintana

"Não desças os degraus do sonho
Para não despertar os monstros. 

Não subas aos sótãos - onde 
Os deuses, por trás das suas máscaras, 
Ocultam o próprio enigma.

Não desças, não subas, fica. 
O mistério está é na tua vida! 
E é um sonho louco este nosso mundo..."

- "Os degraus", Mario Quintana




Encontrei esse poema em uma das postagens de meu antigo blog.. tanto tempo se passou desde que eu o havia publicado lá, e essas palavras ainda me inspiram!..

Bom final de semana a todos. ^^"





August 8, 2013

Sangue - Parte 1


Quando finalmente despertei daquele estranho sonho,
o mesmo que por muitas noites me assombrara,
estava a afundar cada vez mais num abismo de loucura.
Minha mente doente e alquebrada,
me conduzia a um labirinto de pensamentos macabros
nos quais havia me perdido quase completamente;
eis onde me encontrava, na prisão da insanidade.

Embora não deva mais confiar em minha memória,
pois a loucura parece continuar a me corroer por dentro, a cada momento...
devo lhes contar como aconteceu.

Foi numa noite do último verão, se me recordo bem.

Em que a lua estava cheia, brilhando plena em meio à escuridão,
a iluminar o extenso caminho que se estendia à minha frente,
em meio ao intenso breu que envolvia a noite.

Em minha mente, tudo aquilo parecia tão irreal.
Tal como se estivesse vagando perdida num sonho meu,
Ou, mais possivelmente, num pesadelo.

E do qual eu já não sabia se conseguiria me libertar,
pois me tornara parte dele.
Primeiro, estava a vagar sem rumo
num lúgubre lugar que parecia ser um cemitério.
E então eu via as sombras.
Depois, o sangue pulsando. E jorrando, vermelho vivo.
Sim, lá haviam sombras com vida
Que vagavam pelo lugar,
e das quais eu fugia.

Estava tremendo, embora não estivesse tão frio;
e minha pele estava ainda mais pálida à luz do luar.
E havia sangue, muito sangue.
Em meus braços, em meu corpo gélido;
E as feridas abertas, não sabia como haviam surgido.

Aprisionada num de meus pesadelos mais sombrios,
eu era vítima de minha insana mente.

Eu gritava.

E ouvi em resposta somente
Vozes que me sussurravam que eu deveria fugir,
ou despertar?- não lembro ao certo.
Aquilo que se passava fora real,
Ou acontecera apenas em minha mente?
Tal incerteza me fazia suportar a dor,
Que, por sua vez, não sabia ao certo de onde vinha.
Haviam feridas, havia sangue,
Mas a dor que vinha de minha mente
Era ainda mais dolorosa.

Foi então que despertei,
e as lembranças da noite passada estavam
tão vivas em minha memória.
Tudo fora apenas um sonho ruim, pensei.
Mas parecera tão real!
Foi quando senti um calafrio ao ver que
as feridas em meu corpo,
- tal como havia visto em meu sonho -
estavam lá, e ainda sangravam.

Bem, e essa são as lembranças que tenho de
meu pesadelo de muitas e muitas noites.

Especialmente daquele verão.


by Vane


Imagem de hand, black, and black and white







August 3, 2013

My Suicide Lullaby



"Je suis trop jeune encor, je veux aimer et vivre,
Ô mort… et je ne puis me résoudre à te suivre
Dans le sombre chemin; (...)
Ô mort, reviens demain!"

- Théophile Gautier, em "La Comédie de La Mort" 


Suicide Lullaby.

Em pé, defronte à sua sepultura
Nesta gélida noite, sob a pálida luz do luar
Remoo as lembranças, com amargura
Daquele que se foi, e que sempre irei amar.

Através da névoa da madrugada
Eu indago a ti, ó Morte!
Por que levaste minha pessoa amada,
Deixando-me só, à minha própria sorte?

Meu amado, mesmo que jamais me esqueça de ti,
Queria ter visto o mundo através do teu olhar;
Pois o quão era infeliz, jamais compreendi.
Embora nunca cessasse de te adorar. 

Cometera suicídio, à morte se entregou
Acreditando que assim, sua dor iria cessar,
Pois a vida, de ilusões lhe cegou;
E perdera a si mesmo, incapaz de se reencontrar.

Na vida, jamais verdadeiramente acreditou;
Embora tivesse sonhos, que jamais foram realizados
 Que envenenaram o solo sob o qual estou,
Pois agora, junto a ti estão enterrados.

by Vane

Imagem de black and white, dark, and cemetery

July 21, 2013

O Poço - Pablo Neruda

O Poço

Cais, às vezes, afundas
em teu fosso de silêncio,
em teu abismo de orgulhosa cólera,
e mal consegues voltar, 
trazendo restos do que achaste
pelas profunduras da tua existência.

Meu amor, o que encontras
em teu poço fechado?
Algas, pântanos, rochas?
O que vês, de olhos cegos,
rancorosa e ferida?

Não acharás, amor,
no poço em que cais
o que na altura guardo para ti:
um ramo de jasmins todo orvalhado,
um beijo mais profundo que esse abismo.

Não me temas, não caias
de novo em teu rancor.
Sacode a minha palavra que te veio ferir
e deixa que ela voe pela janela aberta.
Ela voltará a ferir-me
sem que tu a dirijas,
porque foi carregada com um instante duro
e esse instante será desarmado em meu peito.

Radiosa me sorri
se minha boca fere.
Não sou um pastor doce
como em contos de fadas,
mas um lenhador que comparte contigo
terras, vento e espinhos das montanhas.

Dá-me amor, me sorri
e me ajuda a ser bom.
Não te firas em mim, seria inútil,
não me firas a mim porque te feres.

Pablo Neruda

Imagem de arms


Belas palavras de Neruda!.. tive de compartilhar aqui.
Um bom final de semana a todos!
Bjs

Tears of Laughter





"Eu ainda alcançaria as estrelas, 
mas tudo que eu toco é o meu horizonte...

Eu queria acreditar em meus olhos, 
mas tudo que eu vejo é a minha cegueira.(...)
Eu queria acreditar em meus ouvidos, 
mas tudo que ouço é o silêncio duradouro...

Como um discípulo de um testemunho 
Eu julgo sobre meu olho sagrado,
Procurando pela origem 
No que é deixado em meu interior. 

Aqui eu chamo meu fardo,
Ou este é apenas o meu sonho de voar?"


Diary of Dreams - Tears of Laughter ♫ ♪



July 11, 2013

Música: Theatres Des Vampires


 Faz um certo tempo que não fazia postagens sobre música aqui em meu blog, embora seja um de meus assuntos favoritos. Entretanto, tive que deixar de lado a ideia inicial dessa tag, que seria "apresentar" aqui artistas góticos novos e um pouco desconhecidos, devido ao fato de não ter conhecido novos recentemente, apenas uma cantora (mas resolvi deixar para o próximo post sobre música).
 Hoje falarei aqui sobre uma banda já bastante conhecida, o Theatres Des Vampires.


 Theatres Des Vampires é uma banda italiana, formada em 1994; Seu primeiro álbum foi lançado em 1996, “Vampyrìsme, nècrophilie, nècrosadisme, nècrophagie”, cujo gênero musical era Black Metal. Mas, de uns tempos para cá (sobretudo nos álbuns mais recentes), começaram a tocar num estilo mais voltado para o Gothic Metal. A banda também já foi rotulada como "Vampiric Metal" (?), devido ao conteúdo das letras de suas músicas, que falam, em sua maioria, sobre vampirismo e culto ao sangue.
 O que mais me atrai no som do Theatres é a atmosfera sombria de suas canções e também as melodias marcantes das mesmas, que por vezes são reforçadas pelos coros de fundo.
 O álbum mais recente da banda liderada pela vocalista Sonya Scarlet (imagem) é o Moonlight Waltz, de 2011. É um excelente álbum, recomendo-o. 
 Algumas músicas:





"One, two, three, four, five, six, six, six!"


 Outas boas bandas que possuem temática "vampiresca": Cradle of Filth, Blutengel, Type O Negative, Mandragora Scream, Mercyful Fate, Lestat, Vampiria, Notre Dame, Vampire Hall, Moonblood, Lamia Antitheus, Lord Vampyr, dentre várias outras..

O que acham do Theatres? Bjs

June 28, 2013

Pensamento.

"Adoro as coisas simples.
Elas são o último refúgio 
de um expírito complexo." 

- Oscar Wilde

horror black creepy scary blood

June 18, 2013

O Cisne - John Harding

O Cisne

Foi em abril, eu me lembro, embora em meu espírito fosse dezembro, 
Que um pássaro ferido foi retirado da escuridão do lago, 
As penas brancas brilhavam ao sol, e de sua boca escorreu a água negra, 
Enquanto por dentro minha voz gritava até pensar que meu coração iria se partir; 
Fui eu quem assistiu à sua morte, seguindo à deriva, esperando em sua vigília 
Que Deus levasse sua alma. 

- John Harding, em A menina que não sabia ler







June 10, 2013

Uma Taça Feita De Um Crânio Humano - Lord Byron

Hoje postarei aqui um poema de um autor que admiro muito, Lord Byron. A tradução é de Castro Alves.



Uma Taça Feita De Um Crânio Humano

Não recues! De mim não foi-se o espírito...
Em mim verás - pobre caveira fria -
Único crânio que, ao invés dos vivos,
Só derrama alegria.

Vivi! amei! bebi qual tu: Na morte
Arrancaram da terra os ossos meus.
Não me insultes! empina-me!... que a larva
Tem beijos mais sombrios do que os teus.

Mais vale guardar o sumo da parreira
Do que ao verme do chão ser pasto vil;
- Taça - levar dos Deuses a bebida,
Que o pasto do réptil.

Que este vaso, onde o espírito brilhava,
Vá nos outros o espírito acender.
Ai! Quando um crânio já não tem mais cérebro
...Podeis de vinho o encher!

Bebe, enquanto inda é tempo! Uma outra raça,
Quando tu e os teus fordes nos fossos,
Pode do abraço te livrar da terra,
E ébria folgando profanar teus ossos.

E por que não? Se no correr da vida
Tanto mal, tanta dor ai repousa?
É bom fugindo à podridão do lado
Servir na morte enfim p'ra alguma coisa!...

Lord Byron





Uma boa semana a todos!
Bjs

May 30, 2013

A Eternidade - Arthur Rimbaud

A Eternidade

Ela foi encontrada!
Quem? A eternidade.
É o mar misturado
Ao sol.

Minha alma imortal,
Cumpre a tua jura
Seja o sol estival
Ou a noite pura.

Pois tu me liberas
Das humanas quimeras,
Dos anseios vãos!
Tu voas então...

— Jamais a esperança.
Sem movimento.
Ciência e paciência,
O suplício é lento.

Que venha a manhã,
Com brasas de satã,
O dever
É vosso ardor.

Ela foi encontrada!
Quem? A eternidade.
É o mar misturado
Ao sol.

Arthur Rimbaud

Imagem de nymphs and water


Encontrei esse poema por acaso, e gostei muito dele, apesar de antes desconhecer o autor.
Eternidade!.. possivelmente este é nosso destino..  porém, a vida após a morte ainda tem seus mistérios.

Um ótimo feriado a todos! ..Bjs






May 17, 2013

Annabel Lee - Edgar Allan Poe

Um de meus poemas favoritos de Poe, "Annabel Lee" :)


Annabel Lee

Foi há muitos e muitos anos já, 
Num reino de ao pé do mar.
Como sabeis todos, vivia lá
Aquela que eu soube amar;
E vivia sem outro pensamento
Que amar-me e eu a adorar. 

Eu era criança e ela era criança, 
Neste reino ao pé do mar;
Mas o nosso amor era mais que amor --
O meu e o dela a amar;
Um amor que os anjos do céu vieram
a ambos nós invejar. 

E foi esta a razão por que, há muitos anos, 
Neste reino ao pé do mar,
Um vento saiu duma nuvem, gelando
A linda que eu soube amar;
E o seu parente fidalgo veio
De longe a me a tirar,
Para a fechar num sepulcro
Neste reino ao pé do mar.

E os anjos, menos felizes no céu, 
Ainda a nos invejar...
Sim, foi essa a razão (como sabem todos,
Neste reino ao pé do mar)
Que o vento saiu da nuvem de noite
Gelando e matando a que eu soube amar. 

Mas o nosso amor era mais que o amor 
De muitos mais velhos a amar,
De muitos de mais meditar,
E nem os anjos do céu lá em cima,
Nem demônios debaixo do mar
Poderão separar a minha alma da alma
Da linda que eu soube amar. 

Porque os luares tristonhos só me trazem sonhos 
Da linda que eu soube amar;
E as estrelas nos ares só me lembram olhares
Da linda que eu soube amar;
E assim estou deitado toda a noite ao lado
Do meu anjo, meu anjo, meu sonho e meu fado,
No sepulcro ao pé do mar,
Ao pé do murmúrio do mar. 

Edgar Allan Poe




Um bom final de semana a todos! Abraços. 

The moon asked the crow






"The moon asked the crow
For a little show
In the hazy milk of twilight
No one had to know..."


CocoRosie - The Moon Asked The Crow ♫ ♪


April 26, 2013

Inspiração: Luis Royo


 Hoje postarei aqui sobre um artista espanhol chamado Luis Royo. Já havia visto várias imagens das quais ele é o autor, mas apenas recentemente conheci-o, assimilando tais imagens a ele. Muitas imagens circulam pela internet sem os créditos de quem é seu autor(a). E por isso resolvi mostrar aqui, talvez vcs também já tenham visto algumas ilustrações dele, e além disso é sempre bom compartilhar boas inspirações de design. :)
 Luis Royo é um artista gótico conhecido por suas pinturas que possuem como características pertinentes certas doses de fantasia, sensualidade e obscuridade.
 É justamente esta temática mais sombria presente na maioria de seus trabalhos que me chamou atenção. Diversas imagens eu já tinha salvas no meu computador há tempos e também acho que publicara em meu antigo blog, então foi uma surpresa muito boa descobrir quem é o autor delas, e assim poder conferir mais ilustrações do mesmo.












Espero que tenham gostado :D
Bjs

April 22, 2013

Fogo e Gelo - Robert Frost

Hoje postarei um conhecido poema de Robert Frost, do qual gosto muito, que trata sobre a maneira em que o mundo irá acabar. A tradução é de Dirlen Loyolla.


Fogo e Gelo

Uns dizem que o mundo em fogo termina,
Outros, que em gelo se apaga.
E eu já provei de desejo, que é sina
Por isso repito que em fogo termina.
Mas se mais uma vez nosso mundo se estraga,
Só sei que na vida provei tanto ódio voraz
Que posso dizer que, se em gelo se apaga,
Tanto fez como tanto faz,
Posto que tudo se acaba.

Robert Frost

Imagem de girl, black, and witch





April 6, 2013

Hell Is Empty

"Destruí os portões do inferno, e a confusão reinava 
entre os seres das profundezas e os da superfície. 

Os mortos vireram para cima, eles se alimentaram 
como os vivos. As legiões dos mortos serão mais 
numerosas que as dos vivos." 

- Ishtar no Epopéia de Gilgamesh







March 28, 2013

O Vampiro - Charles Baudelaire

O Vampiro

Tu que, como uma punhalada,
Entraste em meu coração triste;
Tu que, forte como manada
De demônios, louca surgiste,

Para no espírito humilhado 
Encontrar o leito e o ascendente;
- Infame a que eu estou atado 
Tal como o forçado à corrente, 

Como ao baralho o jogador, 
Como à garrafa o borrachão, 
Como os vermes a podridão, 
- Maldita sejas, como for! 

Implorei ao punhal veloz 
Que me concedesse a alforria, 
Disse após ao veneno atroz 
Que me amparasse a covardia. 

Ah! pobre! o veneno e o punhal 
Disseram-me de ar zombeteiro: 
"Ninguém te livrará afinal 
De teu maldito cativeiro. 

Ah! imbecil - de teu retiro 
Se te livrássemos um dia, 
Teu beijo ressuscitaria
O cadáver de teu vampiro!

Charles Baudelaire


Vampire I, por Edvard Munch