Lá estava eu, caminhando só,
pelas ruínas onde outrora vivia.
Nada mais me restara naquele lugar,
além de distantes lembranças
além de distantes lembranças
de tudo o que vivi,
a mancha de sua memória;
a mancha de sua memória;
o veneno do amor,
percorria minhas veias, a consumi-las.
Pois o amor, é o veneno da vida.
Ele seria minha salvação, e meu fim.
Sabia que lá mesmo,
como um sacrifício em seu nome,
eu morreria.
percorria minhas veias, a consumi-las.
Pois o amor, é o veneno da vida.
Ele seria minha salvação, e meu fim.
Sabia que lá mesmo,
como um sacrifício em seu nome,
eu morreria.
Seria esse meu destino?..
Viver eternamente em meio a essa desolação
à qual a vida me aprisionara?
Caminhava sob os restos
de tudo que outrora já amei.
Todo o amor que havia em mim,
à qual a vida me aprisionara?
Caminhava sob os restos
de tudo que outrora já amei.
Todo o amor que havia em mim,
já não existia mais, era apenas uma vaga memória,
uma sombra aprisionada naquele lugar;
Aqui reencontrei-o, a doença,
uma sombra aprisionada naquele lugar;
Aqui reencontrei-o, a doença,
O grande mártir de minha alma.
Aqui reencontrei o que restava de minha vida,
de meu espírito agora inconsolável.
de meu espírito agora inconsolável.
Aqui jaz o néctar do espírito
No qual queria saciar minha sede, afogar a tristeza
E esquecer minhas gélidas lembranças
Que estão a entorpecer e consumir meu interior,
e me matando lentamente, dia após dia.
Já não sabia se ainda tinha uma alma,
Ou se esta também se perdera em meio à desolação;
Queria apenas reencontrá-la,
mas já não sabia se meus olhos,
cegos de ilusões e marejados de lágrimas,
seriam capazes de ver novamente a vida
da mesma maneira que outrora viam.
Minha alma talvez descansa num lugar silencioso e frio,
à espera de ser encontrada.
Que lindo, Vane! Este é um dos mais belos poemas que me lembro ter lido na vida! O clima gótico-romântico dele é maravilhoso. Enfim, um poema antologiável!
ReplyDelete(Mas não sei se você liga para os detalhes, se sim, antes da palavra "essa" jamais se usa crase; o correto seria "em meio a essa desolação")
Olá Renan, obrigada pelas gentis palavras.
DeleteObrigada por me avisar do erro, já corrigi :)
Um abraço..
IDEALISMO
ReplyDeleteFalas de amor, e eu ouço tudo e calo
O amor na Humanidade é uma mentira.
E é por isto que na minha lira
De amores fúteis poucas vezes falo.
O amor! Quando virei por fim a amá-lo?!
Quando, se o amor que a Humanidade inspira
É o amor do sibarita e da hetaíra,
De Messalina e de Sardanapalo?
Pois é mister que, para o amor sagrado,
O mundo fique imaterializado
— Alavanca desviada do seu fulcro —
E haja só amizade verdadeira
Duma caveira para outra caveira,
Do meu sepulcro para o teu sepulcro?!
(Augusto dos Anjos)
Olá Fábio
DeleteGosto muito deste poema de Augusto dos Anjos!.. Sem dúvida descreve o que penso a respeito do amor.
Um abraço..
Seguro que ese Alma que tanto amó, será encontrada y volverá a vivir y a probar ese nuevo Amor.
ReplyDeleteSaludos, manolo
http://marinosinbarco.blogspot.com.es
.
Olá, seja bem-vindo
DeleteObrigada pelas gentis palavras!..
Abraços
Simplesmente amo o clima dark de tudo o que você posta no blog, e principalmente o que você mesma escreve. Como não tenho jeito particular para poesia, aprecio muito quem o tem, como você o próprio Fábio Murilo, ali em cima, citando Augusto dos Anjos como sempre. haha
ReplyDeleteOlá Mari
DeleteObrigada ^^.. E você, por sua vez, escreve contos como ninguém!.. Sempre gosto de ler o que escreve.
Um abraço
Hermosas letras, además de profundas, sabes me encanta tu blog aquí estaré un rato, claro si me lo permites.
ReplyDeleteOlá
DeleteObrigada pela visita, e pelo gentil comentário
Seja bem-vindo :)
Um abraço