"Je suis trop jeune encor, je veux aimer et vivre,
Ô mort… et je ne puis me résoudre à te suivre
Dans le sombre chemin; (...)
Ô mort, reviens demain!"
- Théophile Gautier, em "La Comédie de La Mort"
Suicide Lullaby.
Em pé, defronte à sua sepultura
Nesta gélida noite, sob a pálida luz do luar
Remoo as lembranças, com amargura
Daquele que se foi, e que sempre irei amar.
Através da névoa da madrugada
Eu indago a ti, ó Morte!
Por que levaste minha pessoa amada,
Deixando-me só, à minha própria sorte?
Meu amado, mesmo que jamais me esqueça de ti,
Queria ter visto o mundo através do teu olhar;
Pois o quão era infeliz, jamais compreendi.
Embora nunca cessasse de te adorar.
Cometera suicídio, à morte se entregou
Acreditando que assim, sua dor iria cessar,
Pois a vida, de ilusões lhe cegou;
E perdera a si mesmo, incapaz de se reencontrar.
Na vida, jamais verdadeiramente acreditou;
Embora tivesse sonhos, que jamais foram realizados
Que envenenaram o solo sob o qual estou,
Pois agora, junto a ti estão enterrados.
by Vane
Lindo Vane! Que comovente. Não há revolta, há aceitação, um amor incondicional, um amor verdadeiro além da imediata existência.
ReplyDeletehttp://apoesiaestamorrendo.blogspot.com.br/
Concordo com vc! ^^
DeleteObrigada pela visita e comentário.
Um abraço
vane, incrível o poema, conseguiu captar toda a essência do que ando sentindo ultimamente.
ReplyDeleteFico feliz que tenha gostado :)
DeleteSolidão e perda, este terríveis situações que, por vezes, precisamos confrontar.. embora creio que nunca estamos realmente sozinhos!..
Um abraço
Perfeito! É um tema que me atrai, e juro que quando comecei a ler, pensei "Engraçado, esse eu não conheço. Qual será o grande autor romântico da vez?" haha
ReplyDeleteTambém me atraio por temas fúnebres! rs
DeleteObrigada pela visita!..
Bjs
Bravo!
ReplyDeleteTriste... mas, belíssimo poema. Lembrei-me das trovas medievais, entoada ao som dos alaúdes, quem sabe, ao redor das fogueiras...
Tirando os casos de loucura e embriaguez, o suicídio é sempre um ato de covardia moral ao qual se entrega o infeliz, acreditando-se fraco, impotente.
No desejo desenfreado de possuir, na recusa egoísta da indiferença, na não aceitação das dores como parte do processo de libertação e crescimento, cultuamos as nossas fraquezas morais e a elas nos escravizamos, despencando, não tarde, em abismos de ódio, remorso e desilusão.
Sob tamanho peso, muitos fogem da luta e da existência, surpreendendo-se, no além túmulo, porquanto a vida prossegue, mais dolorosa...
Vane, a propósito, procure ler este livro: "Memórias De Um Suicida", psicografia de Yvonne do Amaral Pereira.
Beijo grande na alma!
Fico feliz que tenha gostado :)
DeleteBem, creio que os suicidas não são capazes de suportar sofrimentos mundanos, e vêem então o suicídio como sua única saída; mas, realmente, tais dores e obstáculos fazem parte da vida de todos nós.. todos sofremos, e por vezes nos sentimos sós e infelizes, mas todos estes padecimentos aos quais a vida nos submete nos fazem crescer.. e como vc disse, fazem parte de nosso processo de libertação e crescimento, e de fato nos tornamos mais fortes após a superação dessas dificuldades ..
Este livro parece interessante, vou procurar informações a respeito dele.
Obrigada pela visita, seja sempre bem-vindo!.. Bjs
Muito lindo, Vane! A dor existencial ocasionada pela perda do amor versada belamente, e inda adornada pela excelente epígrafe deste grande romântico francês.
ReplyDeleteRenan, obrigada por suas gentis palavras!
DeleteSua presença é sempre agradável aqui em meu espaço.
Um grande abraço..