THE DEATH OF HOURS
Capítulo I | Capítulo II | Capítulo III
Capítulo I | Capítulo II | Capítulo III
Era uma gélida e nevoenta manhã de outono, quando a Sybil partiria, possivelmente para um destino sem retorno. Destino este que visava melhoras, porém a jovem não possuía boas expectativas em relação ao mesmo.. Seu coração ainda era assombrado por vis dúvidas e incertezas; naquele dia em especial instalara-se em seu semblante um estado de profunda melancolia.
De repente, o rosto de Constance Hale apareceu em sua mente, como uma furtiva memória.
Sybil desejou sua presença, a questionar a si mesma se ora sua mãe estava em um lugar melhor, a ter seu merecido descanso; ou talvez se seu espírito ainda padecia das mundanas dores, e ainda, - pobre d’ela! – ainda não encontrara paz.
Lúgubres indagações lhe vinham à mente, tal como pensamentos dispersos e distantes que de repente vinham à tona.
“Seria o sofrimento uma prova de que estamos vivos?”
Em seguida, pensou brevemente em seu pai, o infeliz Leonard. O que seria dele? Sybil lamentou sua infeliz sorte, tentando evitar a possível resposta a tal questionamento, uma vez que esta não parecia muito promitente.
Assim, ainda envolva a tais reflexões, a jovem tomou o navio que a levaria a seu longínquo destino, ao encontro de sua parente mais próxima, que estava a morar no norte da Irlanda; a viagem transcorrera sem transtorno algum. Porém.. Pobre Sybil! Sua solidão deixava-a num estado cada vez mais distante. Poderia passar tardes inteiras absorta em leituras, ou com o olhar perdido no mar, no balanço frenético das ondas, a perder-se em pensamentos.
Logo estava a chegar em seu destino: Margott Hale morava em um casebre de aparência rústica e peculiar, num local um tanto isolado do restante da cidade.
Sem duvida não parecia um ambiente muito acolhedor: tal recinto passaria a impressão de ser um local abandonado, se não houvesse um jardim e uma pequena horta razoavelmente cultivada.
Ao avistar a jovem, aquela mulher de longos cabelos grisalhos e feições desgastadas pelo tempo acolheu-a afavelmente; Sybil teve uma boa impressão de sua tia, mesmo que não poderia-se dizer que ela houvesse tido a mesma impressão em relação ao lugar aonde ora se encontrava.
Ao adentrar e conhecer melhor os aposentos daquela humilde morada, Sybil intrigou-se com o que lá viu: tarôs, incensos, velas, e demais objetos esotéricos cuja natureza para ela ainda era desconhecida, mas que a deixaram estranhamente fascinada.
Assim, não pode deixar de questionar Margott a respeito dos mesmos, ao que ela respondeu:
- Minha cara, já que estarás a morar comigo por tempo indefinido, não vejo o porque de guardarmos segredos uma com a outra. Veja! Através destas cartas, destes instrumentos – ia dizendo, ao apontar ao apontar cartas e livros antigos, que a jovem deduziu que tratavam de ocultismo e temas similares -, eu entro em contato com a nobre arte da quiromancia,.. Tudo o que é sobrenatural me fascina! – sibilou ela, mais baixo, para Sybil. Esta se identificou imediatamente com a tia, desse modo sentindo-se mais próxima dela.
- E este.. – disse ela, ao apontar um tabuleiro Ouija – Serve para comunicarmo-nos com o Além. Veja bem, eu o usei poucas vezes, mas é sempre intrigante ouvir o que os mortos tem a dizer.
Era já tarde da noite; Sybil observou o tabuleiro à luz do candelabro, estando a tremulante luz das velas a revelar o objeto. Aquele estranho artefato provocou sensações estranhas nela; e em um misto de curiosidade e assombro, um nome veio a sua mente.
Constance.
De imediato questionou Margott se poderia algum dia tentar realizar algum contato com sua finada mãe.
A reação imediata de sua tia fora de espanto e ressalva, mas, tomada pela insistência da sobrinha, posteriormente acabou por concordar; afinal compreendia tão bem o que era sentir ardosamente falta de entes queridos que não mais viviam; a velha senhora, antes da chegada de Sybil, vivia só.
by Vane
De repente, o rosto de Constance Hale apareceu em sua mente, como uma furtiva memória.
Sybil desejou sua presença, a questionar a si mesma se ora sua mãe estava em um lugar melhor, a ter seu merecido descanso; ou talvez se seu espírito ainda padecia das mundanas dores, e ainda, - pobre d’ela! – ainda não encontrara paz.
Lúgubres indagações lhe vinham à mente, tal como pensamentos dispersos e distantes que de repente vinham à tona.
“Seria o sofrimento uma prova de que estamos vivos?”
Em seguida, pensou brevemente em seu pai, o infeliz Leonard. O que seria dele? Sybil lamentou sua infeliz sorte, tentando evitar a possível resposta a tal questionamento, uma vez que esta não parecia muito promitente.
Assim, ainda envolva a tais reflexões, a jovem tomou o navio que a levaria a seu longínquo destino, ao encontro de sua parente mais próxima, que estava a morar no norte da Irlanda; a viagem transcorrera sem transtorno algum. Porém.. Pobre Sybil! Sua solidão deixava-a num estado cada vez mais distante. Poderia passar tardes inteiras absorta em leituras, ou com o olhar perdido no mar, no balanço frenético das ondas, a perder-se em pensamentos.
Logo estava a chegar em seu destino: Margott Hale morava em um casebre de aparência rústica e peculiar, num local um tanto isolado do restante da cidade.
Sem duvida não parecia um ambiente muito acolhedor: tal recinto passaria a impressão de ser um local abandonado, se não houvesse um jardim e uma pequena horta razoavelmente cultivada.
Ao avistar a jovem, aquela mulher de longos cabelos grisalhos e feições desgastadas pelo tempo acolheu-a afavelmente; Sybil teve uma boa impressão de sua tia, mesmo que não poderia-se dizer que ela houvesse tido a mesma impressão em relação ao lugar aonde ora se encontrava.
Ao adentrar e conhecer melhor os aposentos daquela humilde morada, Sybil intrigou-se com o que lá viu: tarôs, incensos, velas, e demais objetos esotéricos cuja natureza para ela ainda era desconhecida, mas que a deixaram estranhamente fascinada.
Assim, não pode deixar de questionar Margott a respeito dos mesmos, ao que ela respondeu:
- Minha cara, já que estarás a morar comigo por tempo indefinido, não vejo o porque de guardarmos segredos uma com a outra. Veja! Através destas cartas, destes instrumentos – ia dizendo, ao apontar ao apontar cartas e livros antigos, que a jovem deduziu que tratavam de ocultismo e temas similares -, eu entro em contato com a nobre arte da quiromancia,.. Tudo o que é sobrenatural me fascina! – sibilou ela, mais baixo, para Sybil. Esta se identificou imediatamente com a tia, desse modo sentindo-se mais próxima dela.
- E este.. – disse ela, ao apontar um tabuleiro Ouija – Serve para comunicarmo-nos com o Além. Veja bem, eu o usei poucas vezes, mas é sempre intrigante ouvir o que os mortos tem a dizer.
Era já tarde da noite; Sybil observou o tabuleiro à luz do candelabro, estando a tremulante luz das velas a revelar o objeto. Aquele estranho artefato provocou sensações estranhas nela; e em um misto de curiosidade e assombro, um nome veio a sua mente.
Constance.
De imediato questionou Margott se poderia algum dia tentar realizar algum contato com sua finada mãe.
A reação imediata de sua tia fora de espanto e ressalva, mas, tomada pela insistência da sobrinha, posteriormente acabou por concordar; afinal compreendia tão bem o que era sentir ardosamente falta de entes queridos que não mais viviam; a velha senhora, antes da chegada de Sybil, vivia só.
(continua)
Que segredos serão revelados?
ReplyDeleteEstou tão curiosa quanto a personagem
Um lindo final de semana Vanessa
Beijokas
Obrigada pela leitura :)
DeleteUm excelente fim de semana a você também!
Um abraço
Boa tarde querida Vanessa.. aos poucos a inspiração vai transformando teus pensamentos.. ela nunca se dispersa, e tens um talento nato para contos.. seriam vidas passadas, ou fragmentos dela que te levam a essas inspirações.. muito belas abraços e um até sempre a vc poetisa
ReplyDeleteOlá Samuel
DeleteObrigada.. Espero que a inspiração venha logo para eu escrever o próximo capítulo, rs
Muito interessante esta teoria de vidas passadas à qual você fez menção..
Abraços, até
Me lembrou Schopenhauer.
ReplyDeletecontinua sim...
Obrigada, Arnaldo
DeleteFico grata por sua visita e sua leitura a meu conto!
Tenha um ótimo fim de semana.. Um grande abraço
Vivo dizendo isso, como um consolo possível, só quem sofre é quem tá vivo. Excelente conto, irmã das letras, perfeita, boa na prosa e na poesia, completa! Parabéns! Abraços.
ReplyDeleteObrigada Fábio!
DeleteÉs muito gentil.. Agradeço muitíssimo por sua leitura.
Um ótimo fim de semana a ti.. Abraços
Oi Vanessa
ReplyDeleteDesejo que nesta Páscoa todos estejam unidos em oração para que o amor, a esperança, e a alegria invada nossos corações!
Uma Feliz Páscoa para você e sua família
Beijos
Olá Gracita
DeleteDesejo o mesmo para ti..
Um grande abraço
Os mistérios são muitos.
ReplyDeleteCadinho RoCo
De fato são :)
DeleteUm grande abraço
Boa Noite,
ReplyDeleteCurti muito ler os dois capítulos deste seu conto. Me
lembrou muito a escola gótica inglesa - foi citado.
Será que no próximo capítulo vamos ver um pouco sobre
a trajetória de Sybil Hale? Ou Leonard?
Você ficou com um tema e tanto na construção dos per-
sonagens pelo ambiente traumatizante deles.
Boas inspirações, um ótimo outono.
| via blog Sacerdotisa Gótica
Boa noite,
DeleteFico feliz que tenha lido o capítulo e esteja a acompanhar o conto!
Obrigada pela visita e comentário, seja sempre bem-vindo.
Um grande abraço
Já de volta.
ReplyDeleteCadinho RoCo
Já de volta agradecendo suas idas ao Cadinho, motivo de honra pra mim.
ReplyDeleteCadinho RoCo
Olá
DeleteLhe agradeço igualmente por suas visitas aqui em meu blog!
Um abraço..
Oi moça, tudo bem? Enquanto lia seu conto fiquei imaginando qual rumo tomaria, o clima denso que vc passou na sua escrita é uma delícia de ler, alias estou relendo Drácula e a forma com que vc escreve me lembra esse estilo de romance. Vamos ver que surpresas terá Sybil, espero que sejam coisas bem sobrenaturais e fantásticas ao estilo Drácula :)
ReplyDeleteUm abraço o/
Olá Carolina
DeleteObrigada! Fico feliz que esteja gostando :)
Drácula é uma grande referência.. Um excelente livro!
Um abraço..