A WITCH'S TALE
Capítulo I | Capítulo II | Capítulo III
- Minhas caras – sibilara Erzsébet, indiferente a mim, tal como se não houvesse notado minha presença – É chegada a hora..
Seu rosto estava banhado pela luz do luar.
- Lucy, – eu supliquei a ela – o que significa isto tudo?
Tentei tomá-la em meus braços, - em vão - e levá-la comigo para longe daquela escurecida floresta.
Minha esposa lançou-me um olhar profundamente cruel, e de forma violenta livrou-se de meu abraço. Balbuciou inicialmente algo que não compreendi.. mas aos poucos foi capaz de sibilar-me que e que agora seu lugar era junto àquelas feiticeiras. Mas parecia não haver sinceridade em suas palavras frias, em seu olhar lúgubre e vazio.
Eu gritara a minha Lucy que tudo quilo era um grande absurdo, e em resposta recebi uma grande pontada de dor – era Sarah, que havia investido um violento murro contra minha cabeça.
A partir daí, perdi meus sentidos.
Quanto despertara, estava ainda na floresta com as irmãs, mas fora amarrado em um tronco de árvore próximo a clareira onde elas se encontravam.
Amanhecia - os primeiros raios da aurora despontavam suavemente no horizonte.
Eu avistei as irmãs e minha Lucy – elas, ao verem que eu recobrara os sentidos, vieram até mim e forçaram-me a beber uma bebida misteriosa.
Ante aos primeiros goles, senti a piores sensações possíveis – culpas, amarguras, remorsos passados.. tudo aquilo estava a fervilhar em minha cabeça, em meio a um grande emaranhado de lembranças e memórias..
As irmãs disseram que conseguiam ver através de minha alma – conseguiram ver como através de meus olhos meus piores pecados, traições, meus maus desejos.. bem como as almas infelizes que eu havia prejudicado durante minha vida.
Sim, irmã! Agora parece-me o momento propício para lhe confessar sobre minha natureza vil! Minha alma é desgraçada e naturalmente corrupta, manchada de crimes passados que eu acumulara durante toda a minha deturpada vida.
No entanto, Lucy sempre fora minha redenção – eu a amava, apesar de tudo, e isto fazia-me um homem melhor, creio eu.
E tudo aquilo, sei que as irmãs conseguiram captar em mim, através daquela misteriosa feitiçaria. Sei que este relato parece fruto de uma mente insana, mas novamente ei de lhe confirmar, irmã: eu sei o que vi!
Sarah então desatou as cordas que me prendiam.
Em seguida, eu caminhara até Lucy, com os mais pesados sentimentos a demolir minha alma.
Ela sem dúvida não era a mesma, algo havia mudado em seus olhos, em seu semblante que outrora fora plenamente amável, e ora estava taciturno e sombrio.
Seus olhar denotava absoluta fúria.
E tudo o que ocorreu em seguida, cara irmã, fora tão rápido, e mal posso crer que realmente aconteceu!
Lucy investiu um punhal contra o dorso de minha barriga; sua força agora era sobrenaturalmente maior, de modo que assustou-me em demasia. O golpe, apesar de brutalmente desferido, não havia-me sido fatal.
Então, sem pensar, - em um momento de total insanidade e descontrole - saquei minha adaga e cravei-a em seu coração!
Lucy gritara de dor.
Seu corpo desabou, inerte, ante a meus pés.
Ao ver o que acabara de fazer, eu desatara em lagrimas.
Minhas mãos estavam manchadas de sangue – “O sangue de minha amada!” – Estremeci.
Deitei-me, juntamente a Lucy, no chão.
Segurei seu mão sem vida, encarei seu olhar vidrado – e não, eu não podia crer no que acabara de fazer.
Olhei para as irmãs. Elas pareciam quase que indiferentes quanto ao ocorrido.
Então foram caminhando através da névoa da madrugada, até se desvanecerem completamente através do horizonte..
Eu as observava de longe as três silhuetas se afastando..
Logo, as lado delas, observei que as poucos foi surgindo uma quarta, a acompanhá-las.
Bem, depois de tudo o que vi até então, por que não acreditaria em fatos de natureza sobrenatural? Por que não acreditaria que esta quarta silhueta que eu avistei ao longe era o espectro de minha pobre Lucy?
E eu continuava deitado com seu corpo absolutamente imóvel. Segurei-a em meus braços, ainda a chorar amargamente.
Minha cara irmã, agora sabe que sou um homem condenado, nada mais que um assassino.
De modo algum me procure!
Estarei a vagar, errante, por estas terras nefastas, a procurar por redenção.. embora sei que nunca perdoarei-me pelo que fiz, e minha alma jamais encontrará paz novamente.
Sim! Continuarei a vagar por estas terras por tempo indeterminado, com meu espírito envolvo no mais absoluto desalento.. Nestas terras onde, nos tempos remotos, as pessoas acreditavam em bruxas.
Seu rosto estava banhado pela luz do luar.
- Lucy, – eu supliquei a ela – o que significa isto tudo?
Tentei tomá-la em meus braços, - em vão - e levá-la comigo para longe daquela escurecida floresta.
Minha esposa lançou-me um olhar profundamente cruel, e de forma violenta livrou-se de meu abraço. Balbuciou inicialmente algo que não compreendi.. mas aos poucos foi capaz de sibilar-me que e que agora seu lugar era junto àquelas feiticeiras. Mas parecia não haver sinceridade em suas palavras frias, em seu olhar lúgubre e vazio.
Eu gritara a minha Lucy que tudo quilo era um grande absurdo, e em resposta recebi uma grande pontada de dor – era Sarah, que havia investido um violento murro contra minha cabeça.
A partir daí, perdi meus sentidos.
Quanto despertara, estava ainda na floresta com as irmãs, mas fora amarrado em um tronco de árvore próximo a clareira onde elas se encontravam.
Amanhecia - os primeiros raios da aurora despontavam suavemente no horizonte.
Eu avistei as irmãs e minha Lucy – elas, ao verem que eu recobrara os sentidos, vieram até mim e forçaram-me a beber uma bebida misteriosa.
Ante aos primeiros goles, senti a piores sensações possíveis – culpas, amarguras, remorsos passados.. tudo aquilo estava a fervilhar em minha cabeça, em meio a um grande emaranhado de lembranças e memórias..
As irmãs disseram que conseguiam ver através de minha alma – conseguiram ver como através de meus olhos meus piores pecados, traições, meus maus desejos.. bem como as almas infelizes que eu havia prejudicado durante minha vida.
Sim, irmã! Agora parece-me o momento propício para lhe confessar sobre minha natureza vil! Minha alma é desgraçada e naturalmente corrupta, manchada de crimes passados que eu acumulara durante toda a minha deturpada vida.
No entanto, Lucy sempre fora minha redenção – eu a amava, apesar de tudo, e isto fazia-me um homem melhor, creio eu.
E tudo aquilo, sei que as irmãs conseguiram captar em mim, através daquela misteriosa feitiçaria. Sei que este relato parece fruto de uma mente insana, mas novamente ei de lhe confirmar, irmã: eu sei o que vi!
Sarah então desatou as cordas que me prendiam.
Em seguida, eu caminhara até Lucy, com os mais pesados sentimentos a demolir minha alma.
Ela sem dúvida não era a mesma, algo havia mudado em seus olhos, em seu semblante que outrora fora plenamente amável, e ora estava taciturno e sombrio.
Seus olhar denotava absoluta fúria.
E tudo o que ocorreu em seguida, cara irmã, fora tão rápido, e mal posso crer que realmente aconteceu!
Lucy investiu um punhal contra o dorso de minha barriga; sua força agora era sobrenaturalmente maior, de modo que assustou-me em demasia. O golpe, apesar de brutalmente desferido, não havia-me sido fatal.
Então, sem pensar, - em um momento de total insanidade e descontrole - saquei minha adaga e cravei-a em seu coração!
Lucy gritara de dor.
Seu corpo desabou, inerte, ante a meus pés.
Ao ver o que acabara de fazer, eu desatara em lagrimas.
Minhas mãos estavam manchadas de sangue – “O sangue de minha amada!” – Estremeci.
Deitei-me, juntamente a Lucy, no chão.
Segurei seu mão sem vida, encarei seu olhar vidrado – e não, eu não podia crer no que acabara de fazer.
Olhei para as irmãs. Elas pareciam quase que indiferentes quanto ao ocorrido.
Então foram caminhando através da névoa da madrugada, até se desvanecerem completamente através do horizonte..
Eu as observava de longe as três silhuetas se afastando..
Logo, as lado delas, observei que as poucos foi surgindo uma quarta, a acompanhá-las.
Bem, depois de tudo o que vi até então, por que não acreditaria em fatos de natureza sobrenatural? Por que não acreditaria que esta quarta silhueta que eu avistei ao longe era o espectro de minha pobre Lucy?
E eu continuava deitado com seu corpo absolutamente imóvel. Segurei-a em meus braços, ainda a chorar amargamente.
Minha cara irmã, agora sabe que sou um homem condenado, nada mais que um assassino.
De modo algum me procure!
Estarei a vagar, errante, por estas terras nefastas, a procurar por redenção.. embora sei que nunca perdoarei-me pelo que fiz, e minha alma jamais encontrará paz novamente.
Sim! Continuarei a vagar por estas terras por tempo indeterminado, com meu espírito envolvo no mais absoluto desalento.. Nestas terras onde, nos tempos remotos, as pessoas acreditavam em bruxas.
De seu afetuoso irmão,
Willian Blanchard
FIM
by Vane
E hoje finalmente publico a última parte de A Witch's Tale, conto que comecei a muitas semanas atrás, e enfim encontrei algum tempo para finalizá-lo. Os links para os capítulos anteriores estão inseridos no início do post. :)
Lembrando que o conto é baseado nesta maravilhosa música.
Uma boa semana a todos!
Boa noite Vanessa.
ReplyDeleteIncrível! Ficou realmente muito lindo e intenso.
Havia me afastado dos blogs, por isso só hoje a segunda parte e esta final, feliz demais pela oportunidade, obrigada pelo acesso!
Deixo o meu carinho, desejando que tenha um Natal abençoado e que 2016 chegue repleto de planos e sonhos!
Abraço, lu.
Olá Lu,
DeleteSeja bem-vinda novamente!
Tenha um excelente 2016.. Mtas felicidades.
Um grande abraço
Nobre Vanessa: fiquei encantado com o desfecho do seu conto! Já estava tudo pronto, e lhe faltava o tempo, como afirma; levando em conta a unidade e harmonia dos capítulos precedentes. Tudo perfeito!
ReplyDeleteMuita Paz e fique com Deus!
Um imenso abraço !
Obrigada Arnaldo, sua opinião alegrou-me muito!
DeleteUm grande abraço
Belíssimo final, li tudo correndo para ver logo o desfecho rs.
ReplyDeleteVocê escreve muito bem, como já comentei em outras postagens e me sinto feliz por ler :)
Olá Carolina,
DeleteObrigada! Fico realmente feliz que tenha gostado.
Um grande abraço
Perfeita na prosa e a poesia, com muito estilo e elegância, sempre. Abraços, Vane.
ReplyDeleteObrigada pelo gentil comentário Fábio,
DeleteUm forte abraço.
Boa tarde querida Vanessa...
ReplyDeletefalar deste mundo sombrio.. de mistéerios ocultos.. bruxas, vampiros.. o que for..
sempre vai ser um estimulo ler pq mexe com nossa imaginação..
e o conto não ser muito alongado tb é ótimo..
já tentei fazer mas não deu muito certo rss
é mais fácil fazer 10 sonetos que um conto de 3 paginas rss
continue assim...
sempre colocando a imaginação em contos ou poesias pq é nestas linhas que somos livres..
abraços e um feliz final de ano Vanessa
Olá, caro poeta
DeleteObrigada pelo gentil comentário..
De fato tenho preferência em escrever sobre bruxas, vampiros e o que é sobrenatural em geral..gosto de suspense e também da liberdade criativa e imaginativa que tais temas permitem!
Concordo com vc, escrever nos liberta..
Um grande abraço